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Amamentação X Fórmulas ( leite industrializado) O que fazer se meu filho continua reagindo?

  • Foto do escritor: RODRIGO FERREIRA
    RODRIGO FERREIRA
  • 8 de jan. de 2016
  • 6 min de leitura

Olá mamães!

Resolvi escrever sobre esse tema, pois tenho acompanhado o drama de várias mães com dúvidas em relação a amamentação e às fórmulas indicadas pelos pediatras.

O que tenho lido nas redes sociais são mães perdidas e com muitas dúvidas em dar ou não leite artificial, em parar ou não a amamentação por que seu filho(a) continua reagindo.

É um tanto complexa realmente essa questão. Então, resolvi contar meu caso para quem sabe ajudar algumas mamães a tirarem suas próprias conclusões, e questionarem o uso do leite artificial e assim decidir o que é melhor para si e para seu bebê.

Aqui minha história. Minha bebê nasceu e foi direto para o peito, o que é normal para as mamães que conseguem e tem leite para amamentar seus filhotes. Acho que é uma das coisas mais incríveis o prazer de poder alimentar seu filho, de ver ele crescendo e se desenvolvendo através da gente.

Com quatro meses minha bebê foi diagnosticada APLV, não foi tão assustador assim, pois já tinha passado por essa experiência, meu segundo filho era APLV, mas hoje está curado. Mas confesso, que o fantasma do leite veio me assombrar novamente! Até não recebermos o diagnóstico, estava comendo tudo que achava que devia e podia, leite, ovos, derivados, cuidando é claro, com as comidas que a nossa vó dizia - Não coma isso menina, vai dar cólica no bebê! Muitas vezes as vovós tinham razão, a sabedoria popular é muito rica.

Quando minha pequena confirmou APLV, comecei a dieta de restrição, sem leite, derivados e toda aquela função de separar utensílios, esponja e sabão próprios, ler rótulos e mais rótulos. As reações dela são gastrointestinais, de pele e comportamental, ou seja, fezes com muco e sangue, cólicas, pele com manchas, bolinhas ou pele áspera, baixo ganho de peso e irritação.

Todos os meses, levamos ela para fazer o acompanhamento com a pediatra para saber se engordou e cresceu com aquele friozinho na barriga. Teve vezes que voltei chorando com o coração apertado, pois não ganhava nada de peso. Então Drª fazia aquele interrogatório criterioso para ver onde poderia estar escapando o leite. Mas para nossa tristeza, além do leite mês a mês ela foi reagindo a outros alimentos. Reage também a ovo, soja, amendoim, cacau, ervilha e lentilha. Vocês devem estar se perguntando como fiquei sabendo que ela reage a esses produtos? Pois bem, os mesmos sintomas de APLV, fezes com muco e sangue e aquela irritação.

Então, fui retirando todos os alergênicos da minha alimentação, e mesmo assim teve meses de ganhar pouco peso. E aí veio o incentivo da Drª em dar o leite industrializado, no caso o famoso Neocate. Questionei se havia realmente a necessidade de dar a minha bebê o Neocate, sendo que eu estava me dedicando a restrição alimentar e a cuidar de tudo que pudesse contaminá-la. A resposta foi sim, com a justificativa de auxiliar no ganho de peso. Fui para casa com uma pulguinha atrás da orelha, pois me angustiava a ideia de dar algo artificial sendo que eu tenho leite suficiente para ela, e leite limpo!

Comprei a lata, e comecei a introdução como indicação. Ela rejeitou em todas as tentativas. Só quando estava com fome é que tomava um pouco. Aqui já vem minha primeira questão. Será que essa rejeição não é algo natural, como que me dissesse, mamãe isso não é bom, não preciso disso! Nos dias que ela tomou o Neocate, que foram 3, ela começou a rejeitar as outras refeições que antes amava. E junto a isso, começou a ficar irritada, não dormir à noite e sempre estufada e arrotando. Observando isso tudo, resolvi eliminar o Neocate. E até pedi desculpas para minha bebê por ter insistido. No mês seguinte fomos a pediatra, eu muito chateada por ter dado o leite, relatei o que aconteceu para Dra., ele me disse que outras mães também tiveram a mesma experiência, mas que algumas tiveram sucesso.

Nesse mês de inclusão de Neocate, ganhou pouco peso igual aos outros meses, mas ela estava saudável, nunca a baixo da linha verde na faixa de desenvolvimento. Continuo na minha dieta de restrição firme, forte e feliz em poder dar o melhor alimento que se pode oferecer para minha bebê, o leite materno.

A questão primária que me incentivou a escrever esse post é o uso desnecessário dessas fórmulas. Mães que estão saudáveis, com leite no peito e que chegam nos consultórios dos pediatras, gastros, alergiastas e são diagnosticadas APLV, são AUTOMATICAMENTE orientadas a dar o leite artificial.

Por quê? Você já parou para pensar nisso?

Já recebi algumas respostas de mães assim:

- O médico disse que meu leite é fraco.

Resposta: Se alimente melhor!

- É só um complemento.

Resposta: O leite materno é completo para o bebê, até os 6 meses não precisa de mais nada!

- Agora ele vai engordar.

Resposta: Faça com rigor a dieta de restrição e espere o tempo de 20 dias para eliminar o alergênico do seu leite, que além de engordar e vai ser mais saudável.

- Esse leite é melhor que o seu que contém alergênicos.

Resposta: Mentira.

- Com a fórmula, você não precisa fazer dieta.

Resposta: Para quem decidiu não amamentar, cada mãe sabe seu limite e até onde pode ir, a dieta não é simples, se respeite.

- Essa fórmula é completa, tem tudo o que o bebê precisa.

Resposta: Tudo que seu bebê precisa é do seu carinho, amor, e seu leite.

- Se ele continuar reagindo, melhor dar a fórmula.

Resposta: Não! Você precisa esperar de 4 a 15 dias pelo menos para seu leite eliminar os possíveis alergênicos. Não desista! Tenha cuidado com a contaminação por produtos de higiene e beleza, além de separar todos os utensílios que irá usar para preparação e armazenamento dos alimentos. E ficar atenta, pois ele pode estar reagindo a outros alergênicos, como ovo, soja e trigo.

Sinceramente, é triste, muito triste, ter seu bebê cuidado por pessoas que estudaram tanto e desestimulam a amamentação que todos nós sabemos ser o melhor.

Sugiro que "esses profissionais" voltem a ler e estudar mais sobre a amamentação e a composição do leito materno.

No site da pastoral da criança podemos ter informação sobre a composição do leite materno.

O leite materno é composto por todas as vitaminas e minerais, além de células de defesa, que o bebê precisa para crescer forte e saudável.

Veja abaixo a composição do leite materno:

Composição do leite materno (100ml)

Energia - 70 kcal

Proteína - 1,1 g

Caseína: albumina - 40:60

Lipídios - 4,2g

Carboidrato - 7g

Vitamina A - 190 mcg

Vitamina D - 2,2 mcg

Vitamina E - 0,18 mg

Vitamina K - 1,5 mcg

Vitamina C - 4,3 mg

Tiamina - 16 mcg

Riboflavina - 36 mcg

Niacina - 147 mcg

Piridoxina - 10 mcg

Folato - 5,2 mcg

Vitamina B12 - 0,03 mcg

Cálcio - 34 mg

Fósforo - 14 mg

Ferro - 0,05 mg

Zinco - 0,3 mg

Água - 87,1 ml

Sódio - 0,7 mEq

Cloro - 1,1 mEq

Potássio - 1,3 mEq

Minerais

Leite materno contém:

- 34.00 mg de cálcio

- 0.05 mg de ferro

- 0.00 mg de magnésio

- 14.00 mg de fósforo

- 11.00 mg de potássio

- 17.00 mg de sódio

Vitaminas

Leite materno contém:

- 0.06 mg de vitamina A (retinol ou caroteno)

- 0.04 mg de vitamina B1 (tiamina, Aneurin)

- 0.04 mg de vitamina B2, ou riboflavina

- 0.02 mg de vitamina B6 ou piridoxina

- 5.00 mg de vitamina C ou ácido ascórbico

- 0.24 mg de vitamina E ou tocoferol

Fonte: http://world-population.net/food/pt/k111k26

http://www.pastoraldacrianca.org.br/bebe/2417-aleitamento-materno-um-ato-de-amor?showall=&limitstart=

Você encontra também no site:

Verdades sobre a amamentação

Se interrompida por um longo período, a amamentação pode ser retomada.

A alimentação da mãe reflete no leite.

Mamadeiras e chupetas podem atrapalhar o aleitamento.

Amamentar faz bem para a saúde da mãe e do bebê.

O leite materno não precisa ser complementado até os 6 primeiros meses de vida, nem mesmo com água.

A amamentação fortalece o vínculo entre a mãe e o bebê.

Então já que sabemos os benefícios da amamentação por que usar fórmulas?

Já parou para pensar na indústria e comércio das fórmulas?

Nas licitações do governo para fornecer as fórmulas para a população?

Nos incentivos da indústria que produz esses leites para os que os médicos façam a parte deles incentivando o uso?

Claro que não estou falando das mães que não conseguem amamentar por que não produzem leite, ou porque tomam medicamentos que podem alterar a integridade do leite, dos bebês pré-maturos que não conseguem sugar o peito, de casos onde há risco de vida que só a fórmula é a solução. Estou falando de mães como eu, que tem ótima produção de leite, estão saudáveis, que fazem a dieta de restrição corretamente e que tem todos os demais cuidados para evitar a contaminação, e, que chegam nos consultórios cansadas das noites mal dormidas, de ver seu bebê chorando ou inquieto, com sintomas diversos, perdidas, sedentas por um acolhimento e uma orientação que lhes dê segurança. Dessas mães que estou falando, então vamos refletir sobre a REAL necessidade dessas fórmulas.

Pense o que é melhor para você e seu bebê?

É no leite materno que encontramos os nutrientes indispensáveis à vida: calor, amor, carinho e saúde.

Beijinhos

E até o próximo Post

 
 
 

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